POLÍTICA
A AGU (Advocacia Geral da União) pediu na tarde desta quinta-feira (12) o bloqueio de bens de 52 pessoas físicas e 7 jurídicas, suspeitas de financiar os atos antidemocráticos ocorridos em Brasília no último domingo (8), confira todos os nomes aqui. O total chega a R$ 6,5 milhões e na lista constam dois sul-mato-grossenses, sendo um empresário de Maracaju e uma comerciante de Três Lagoas.
De acordo com o órgão, o grupo é responsável por pagar fretamento de ônibus para levar pessoas até a Capital Federal com intuito de inflar atos de vandalismo que culminaram em destruição do patrimônio público nos prédios do STF (Supremo Tribunal Federal), Palácio do Planalto e Congresso Nacional.
Na manhã desta quinta-feira a comerciante publicou vídeo no Facebook dizendo que, ao contrário do que muitos estavam dizendo, ela não está presa. O intuito da gravação, segundo ela, era provar que está em casa.
“Para os amigos e familiares preocupados com todos que foram pra Brasília, estamos todos em casa desde terça-feira. Ontem à tarde que peguei o telefone, ok? Obrigada a todos pelo carinho e preocupações”, explicou na postagem.
No vídeo, Solange se desculpa pelo “transtorno e preocupação” que causou pelo sumiço e explicou que como apreenderam seu celular, bem como os aparelhos das pessoas que residem em Três Lagoas e estavam junto dela, não foi possível informar que estava tudo bem. “Mas eles (policiais) averiguaram e viram que não tinha nada de errado com a gente e nós viemos embora”, disse.
“Fomos numa viagem tranquila e voltamos tranquilos. Fomos passear, conhecemos Brasília, fomos no shopping e comemos, tudo muito ótimo. Passamos por outlet, fomos fazer um tour inclusive para passear, nós não fomos lá fazer baderneira não”, finaliza.
Pedido – De acordo com a AGU, o valor de R$ 6,5 milhões é inicial com base na estimativa do que foi depredado, mas deve aumentar, já que são estimados R$ 3,5 milhões por prejuízo no Senado e R$ 3 milhões na Câmara dos Deputados. A soma não inclui os danos causados nas dependências do Palácio do Planalto e STF.
Entre os bens que podem ser bloqueados estão imóveis, veículos e quantias em contas correntes. A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) auxiliou a União a elaborar a lista de nomes, incluindo apenas aqueles que contrataram os ônibus que acabaram apreendidos por transportar pessoas que participaram dos atos.