Um professor de Educação Física, de 40 anos, fez registro de um boletim de ocorrência por preservação de direito após descobrir ser funcionário público Estadual de Mato Grosso do Sul, logo após fazer acerto de contas do último emprego. O caso ocorreu em Chapadão do Sul, distante 331 km de Campo Grande, na ultima sexta-feria (07/1).
Dentre as ocupações consta como Dirigente do Serviço Público Estadual e Distrital desde 2016 e Professor de Artes do Ensino Médio na SED desde 2013, além de funcionário de uma empresa chamada Adecco Recursos Humanos de São Paulo desde 2002. Em ambas empresas e cargos o contrato ainda consta em ‘aberto’ como se o professor ainda estivesse trabalhando.
“Aconteceu que eu não tenho nenhum vínculos com as empresas. Em 2016, por exemplo, eu estava afastado pelo INSS porque fiz uma cirurgia e fiquei mais de um ano assim”, explicou.
Nesta caso do ‘dirigente’ ele explicou que o aplicativo tem um erro e ainda consta que esse seria seu primeiro emprego. “Tirei minha carteira de trabalho em 1997 e meu primeiro emprego foi em um frigorífico”, relata.
A vítima ainda afirmou que chegou a cobrir um professor em uma escola estadual, mas na sua área, Educação Física e não em artes. “Mesmo assim não houve documentação ou cadastro, era algo particular de boca a boca ele me pagou o dia”, disse.
“Fui fazer o acerto e o pessoal me orientou a ir na delegacia. Depois do boletim de ocorrência, o delegado disse para eu procurar o Ministério de Trabalho”, contou sobre o perrengue.
Conforme o professor, no final das contas ele conseguiu a liberação do seguro desemprego e do FGTS.
“Agora vou procurar entender o que aconteceu e evitar mais dores de cabeça, porque consta meu PIS e outras informações, pode ser que eu caia em malha fria e tenha que dar explicação”, concluiu.
A redação tentou contato com a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul, porém sem sucesso.