POLÍCIA
Entre os cinco policiais penais presos na Operação La Catedral, desencadeada na manhã desta quinta-feira (6/1) pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), está o agente de polícia penal Carlos Eduardo Lhopi Jardim, 40 anos, ex-diretor da Unidade Penal Ricardo Brandão em Ponta Porã, distante 313 quilômetros da Capital.
Na eleição, em 2018, ele foi candidato a deputado estadual pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) onde obteve 1623 votos, declarando bens no total de R$ 359.592,00, já em 2020 como candidato a vereador pelo DEM (Democratas), obteve 664 votos, mas não conseguiu se eleger, já os bens declarados nesse ultimo somam R$ 217.180,00 (Dados fornecidos na página do TSE -Tribunal Superior Eleitoral). Segundo informações, Carlos Eduardo foi afastado depois de duas fugas registradas no ano passado na penitenciária e atualmente não tinha mais nenhum cargo de chefia na Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário do Estado de Mato Grosso do Sul). Os nomes dos outros policiais penais não foram informados.
Ao todo, são apurados pelo menos 19 crimes cometidos pelos policiais penitenciários investigados. Entre os delitos estão: o recebimento de propina para facilitar a troca de celas, de regalias, venda de remição de pena, permissão para entrada de bebidas alcoólicas e comercialização no interior da unidade prisional.
Consta ainda também infrações como: a permissão de entrada de carnes (in natura) no presídio, entrada de drogas e comercialização, entrada de celulares e comercialização, uso para fins particulares de mão de obra ou de serviços prestados na unidade penal pelos presos, celas especiais com projeto de móveis planejados, chuveiro elétrico, alimentação diferenciada dos internos e demais regalias, sem passar por revistas ou vistorias.
Os presos foram trazidos para a Capital onde ficarão custodiados no Centro de Triagem de Campo Grande. A prisão tem prazo de 5 dias e pretende garantir a eficiência e lucidez das investigações, impedindo que provas sejam destruídas ou contaminadas. O nome da Operação faz referência a penitenciária “construída” na Colômbia pelo narcotraficante internacional Pablo Escobar que era cheia de luxos e mordomias.
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