POLÍCIA
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indiciou Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por três crimes, no âmbito da operação Nexum, deflagrada pela polícia em agosto do ano passado, que teve busca e apreensão em endereços do “04” e a prisão do empresário Maciel Carvalho Rodrigues Medeiros.
A fraude ocorreu no período de um ano, entre 2021 e 2022. O faturamento indicado pela dupla foi de R$ 4,6 milhões que, segundo a polícia, nunca aconteceu. O esquema, segundo os investigadores, serviu para pegar empréstimos bancários. Um desses empréstimos foi pego com o banco Santander, que conseguiu decisão favorável na Justiça do DF para receber o valor do filho do ex-presidente. Jair Renan será intimado para pagar a dívida, que está em R$ 360.241,11.
De acordo com as investigações da polícia, Jair Renan utilizou parte dos valores obtidos nos empréstimos para pagamento da fatura de crédito da empresa, no valor de R$ 60 mil.
Quando a operação estourou, a reportagem do Correio mostrou que os envolvidos deram um nome falso de Antonio Amâncio Alves Mandarrari para abrir uma conta bancária e para figurar como proprietário de pessoas jurídicas na condição de “laranja”.
Os policiais civis descobriram, ainda, que os investigados forjavam relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas e utilizavam dados de contadores sem o consentimento deles, inserindo declarações falsas e fazendo movimentações financeiras suspeitas entre si, inclusive com o possível envio de valores para o exterior.
A reportagem entrou em contato com a defesa de Jair Renan, que afirmou que não tem nada a declarar. Em nota encaminhada ao Correio, o advogado de Maciel, Pedrinho Villard, afirmou que o cliente foi absolvido das primeiras acusações que deflagraram a operação. “Logo, nessa também restará comprovada a inocência novamente.”