POLÍCIA
A família de Nayara Maria da Silva, jovem de 27 anos, finalmente encontrou algum descanso após um ano de agonia desde seu desaparecimento trágico. Nayara foi vítima de homicídio em 2021, e seu corpo só foi localizado um ano depois, quando a polícia desvendou o caso. A tia da vítima compartilha lembranças emocionantes da sobrinha e a devastação que o desaparecimento causou na família.
A última vez que Nayara esteve presente na vida de sua família foi em novembro de 2021. Ela compartilhou um momento tocante com a tia e a avó, que era como uma mãe para ela, como se pressentisse que seria a despedida. Essas lembranças são o tesouro que a família guarda, lembranças de amor e carinho.
O trágico episódio ocorreu em Rio Brilhante, cidade a 161 quilômetros de Campo Grande, onde o corpo de Nayara foi encontrado em uma fossa, revelando o desfecho brutal de um desentendimento relacionado a drogas. A ossada humana foi localizada a uma profundidade de 1,5 metro e transferida para o Instituto Médico Legal de Dourados, encerrando um capítulo doloroso na busca pela justiça.
Na segunda-feira (11), a Delegacia de Polícia Civil de Rio Brilhante finalmente concluiu o inquérito do crime, resultando no indiciamento de Emanuel Rufino Alves pelo homicídio da jovem. Nayara, apesar de sua luta contra a dependência química, nunca deixou de manter contato com a família, até que, um dia, as notícias cessaram abruptamente.
A tia, que preferiu não ser identificada, relembra como Nayara era e como o desaparecimento abalou a família. A angústia só diminuiu quando a ossada foi finalmente identificada como sendo de Nayara, graças às roupas, desodorante e chinelo que a tia havia presenteado à sobrinha. No entanto, o exame de DNA não foi conclusivo, levando a tia a buscar o pai biológico de Nayara em Campina Grande, Paraíba.
A história de Nayara é marcada por tragédias, já que a tia a criou desde seus primeiros anos de vida, após a mãe da jovem ser assassinada em Campina Grande, quando Nayara ainda era um bebê. Incapaz de cuidar da criança, o meio-irmão permitiu que a família assumisse a responsabilidade por sua criação, levando a tia e a avó a se mudarem para Mato Grosso do Sul.
A tia enfatiza que, apesar dos problemas de Nayara com as drogas, seu assassinato foi brutal e injusto. A comunidade local gostava muito dela, e a tia lamenta que Nayara não tenha tido um velório adequado. A avó soube da morte da neta pelo rádio, pois a tia tinha receio de contar diretamente devido ao estado de saúde dela.
Sobre o acusado Emanuel Rufino Alves, a tia espera que a justiça seja feita e que ele seja punido de acordo com a lei. Ela espera que ele permaneça preso por um longo tempo para pagar pelo que cometeu. Emanuel já estava detido pelo assassinato de Jacson Senher Alcântara, 30 anos, e agora enfrentará as consequências adicionais de seu envolvimento na morte de Nayara.
O caso é marcado por tragédias interconectadas, envolvendo vítimas de dependência química e conflitos pessoais. A família de Nayara agora busca algum conforto após um ano de incerteza, esperando que a justiça prevaleça e que ela descanse em paz.