SEGURANÇA PÚBLICA
Por Jornal Nacional
A força-tarefa que procura os dois fugitivos do presídio federal de Mossoró encontrou pistas importantes.
No terceiro dia de buscas, os policiais encontraram pegadas que seriam dos fugitivos e peças de roupa usadas e furtadas por eles na fuga do presídio federal de Mossoró. Uma camisa igual a usada pelos detentos estava pendurada em um galho, no meio da mata.
A colcha tinha sido furtada de uma casa a 10 km da penitenciária na noite de quarta-feira (14), mesmo dia da fuga de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, bandidos ligados a facção criminosa Comando Vermelho.
“A manta, né? A manta era minha. A camisa, não. A PF veio aqui de madrugada me mostrar se eu confirmava. Eu confirmei que sim. Com toda certeza é minha”, conta o dono da colcha furtada.
Nesta sexta-feira (16), a força-tarefa ganhou o reforço de agentes de elite da Polícia Federal. Agora são mais de 300 agentes de segurança procurando pelos dois fugitivos na região. No perímetro próximo ao presídio, na zona rural de Mossoró, há várias barreiras policiais.
As autoridades acreditam que os fugitivos ainda estão por lá em um algum lugar da área de mata em um raio de 15 km da penitenciária federal de Mossoró e querem evitar que eles escapem da região. Policiais civis e militares de quatros estados dão apoio à operação.
O trabalho da perícia continua no presídio federal de Mossoró. Uma foto mostra o buraco onde ficava a luminária na parede de uma das celas por onde eles escaparam. As marcas do lado esquerdo indicam que os fugitivos abriram ainda mais o buraco.
“A cerca elétrica não estava funcionando, o que também não é aceitável para unidade de segurança máxima, e as câmeras estavam sendo substituídas. De acordo com os peritos, uma outra câmera que estaria situada em uma área externa não estaria funcionando. A cela tem que ser revistada diariamente. Se essas celas tivessem sido inspecionadas diariamente, nós não estaríamos aqui tratando desse assunto. Com certeza, sem dúvida nenhuma, houve falha de procedimento. Eles tiveram acesso a um alicate. Mas depois que saíram da unidade prisional e pelo itinerário deles eles sabiam muito bem onde ir e o que encontrariam”, afirma.