Polícia Federal
Na manhã desta quinta-feira, 24/2, a Polícia Federal deflagrou a Operação Rófes,h para prender um pastor de um grupo religioso radical, conhecido por promover discursos de ódio contra o povo judeu.
Tupirani da Hora Lores, líder da Igreja Petencostal Geração Jesus Cristo. Ele estava em sua casa, na sede da igreja, no Morro do Pinto, no Santo Cristo, Zona Portuária do Rio de Janeiro.
Pastor de extrema-direita é investigado por declarações racistas, armamentistas, preconceituosas e de morte. Negacionista, em suas redes sociais em certa ocasião quando foi preso uma vez, ameaçou aos policiais que na eminencia de prender dizia que o tráfico liberaria os policiais subir se ele deixasse. No vídeo ele fala palavras de baixo calão, xinga e ameaça.
Veja o vídeo, é estarrecedor um “cidadão de bem” e pastor falar isso.
De acordo com as investigações do Grupo de Repressão a Crimes Cibernéticos (GRCC), da PF, o religioso, cujo nome não foi divulgado, produziu e publicou diversos vídeos com ataques aos judeus e seguidores de outras religiões.
Na ação, os policiais federais cumprem mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão expedidos pela 8ª Vara Federal Criminal/RJ.
Em uma publicação no Twiter o Pastor Alexandre Gonçalves disse: Julgam-me por eu dizer que essas pessoas, como esse pastor, estão cheios dos piores demônios da terra. Esse é o pastor, da seita bolsonarista, Tupirani da Hora Lopes, dono da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo no RJ. O que sai da boca desse amalequita é a pura podridão.
Racismo e ameaça
Além dos crimes de racismo e ameaça, o pastor responderá por incitação e apologia de crime. Caso seja condenado, poderá cumprir pena de até 26 anos de reclusão.
O pastor já tinha sido alvo no ano passado de busca e apreensão, por promover discurso de ódio. Segundo a PF, ele também já tinha sido preso anteriormente, em uma outra ação.
De acordo com as investigações, o suspeito produziu e publicou diversos vídeos com ataques diretos aos judeus e membros de outras religiões.
O nome da operação Rófesh, em hebraico, significa liberdade, fazendo alusão às recentes discussões sobre os limites da liberdade de expressão.
Israelitas se manifestam
Por meio de nota oficial, a Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro parabenizou o trabalho da Polícia Federal e destacou a prisão de Tupirani como um ato muito importante para ajudar a combater esse tipo de crime.
”É a certeza da aplicação da lei contra o racismo que poderá, em um primeiro momento, conter esse mal que alicerça o ataque a segmentos historicamente discriminados. Em outra vertente, a educação para que as gerações futuras não mais reproduzam o racismo”, salientou a Fierj.
A Confederação Israelita do Brasil também se manifestou a respeito da prisão de Tupirani. Segundo eles, o pastor é ”dono de uma trajetória única, incomparável em reincidência em práticas racistas e discriminatórias há mais de uma década”.
Além disso, a Conib ressalta que Tupirani também ”dedica-se a atacar linhas evangélicas diferentes da dele, judeus, principalmente, que são seus alvos preferidos, além de muçulmanos”.