INTERNACIONAL
Tóquio, Japão
O Japão enfrenta uma nova onda de desafios sísmicos, com um tremor de magnitude 5,5 atingindo a região oeste nesta quarta-feira, apenas dois dias após um terremoto devastador de magnitude 7,6 que resultou em mais de 60 mortes no país. A Agência Meteorológica do Japão (JMA) relatou o recente abalo sísmico às 10h54, horário local, com epicentro na península de Noto, na província de Ishikawa, a mesma área afetada pelo terremoto anterior.
O novo tremor não desencadeou um alerta de tsunami, mas a intensidade foi sentida com força em áreas já impactadas, incluindo a cidade de Wajima, que testemunhou o desabamento de edifícios após o terremoto de segunda-feira. Outras localidades, como Nanao, Nakanoto, Aanamizu e Noto, também relataram sentir os efeitos do tremor.
A JMA classificou o novo terremoto como de magnitude 5,5, o que torna difícil andar sem se segurar em algo estável, de acordo com seus padrões de avaliação. Esta sucessão de eventos sísmicos aumenta os desafios já enfrentados pelo país na realização de esforços de resgate e na prestação de assistência aos afetados.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, enfatizou a urgência dos esforços de resgate durante uma reunião de gerenciamento, destacando a prioridade de salvar vidas. Ele também ressaltou a necessidade crucial de fornecer água, alimentos e outros suprimentos básicos aos evacuados. A catástrofe de segunda-feira deixou aproximadamente 33 mil pessoas deslocadas em 19 cidades e vilas da província de Ishikawa, a mais impactada pelo terremoto.
Entretanto, relatos recentes indicam que abrigos de evacuação estão enfrentando escassez de água, alimentos e combustível. Em meio a essas dificuldades, Kishida expressou esperança de que os esforços de reconstrução, especialmente nas infraestruturas de água e eletricidade, sejam intensificados com o envio de agentes e recursos adicionais.
Nas áreas mais afetadas, como Wajima, Noto e Suzu, municípios estão tentando avaliar o número de edifícios e estruturas colapsados. O prefeito de Suzu relatou que cerca de 90% das casas foram total ou parcialmente destruídas na cidade.
Até o momento, cerca de 1.000 militares, 22 aviões e 8 navios foram mobilizados para atividades de resgate e coleta de informações sobre danos. No entanto, o primeiro-ministro anunciou que dobrará o efetivo nas próximas horas, além de enviar bombeiros e policiais de todo o Japão, com o objetivo de encontrar o maior número possível de sobreviventes antes que se atinja o limite crítico de 72 horas após o desastre.