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O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky apelou esta segunda-feira para que quarta-feira, dia em que as autoridades americanas alertam que podem marcar o início de uma invasão russa à Ucrânia, seja o “dia da unidade” nacional.
“Dizem-nos que 16 de fevereiro será o dia da invasão. Faremos disso o Dia da Unidade. Assinei o decreto correspondente”, afirmou, num discurso ao país.
Os relatórios dos serviços de inteligência dos Estados Unidos sugerem que a força da Rússia junto às fronteiras com a Ucrânia é agora suficiente para lançar um ataque significativo.
Os relatórios indicam que o ataque pode começar a qualquer momento, depois de o chanceler alemão Olaf Scholz concluir uma ronda de negociações com o presidente Vladimir Putin esta terça-feira no Kremlin.
As autoridades dos Estados Unidos alertam que a Rússia tem já mais de 130 mil soldados junto às fronteiras da Ucrânia e que começará por bombardear as maiores cidades ucranianas e as posições de defesas do país com mísseis antes de avançar com tanques.
A tensão entre Kiev e Moscovo aumentou desde novembro passado, depois de a Rússia ter estacionado mais de 100.000 soldados perto da fronteira ucraniana, o que fez disparar alarmes na Ucrânia e no Ocidente, que denunciou os preparativos para uma invasão daquela ex-república soviética.
Em dezembro, a Rússia exigiu garantias de segurança por parte dos Estados Unidos e da NATO para impedir que a Aliança Atlântica se expandisse mais para o leste e estacionasse armas ofensivas perto de suas fronteiras.
Moscovo escreveu recentemente uma carta a todos os países membros da NATO e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) pedindo-lhes que se posicionassem sobre o que entendem por segurança indivisível na Europa.
Apesar dos esforços diplomáticos, a diminuição da escalada militar e da tensão não foi alcançada até agora.
A Rússia alega que tem o direito soberano de estacionar tropas em qualquer lugar de seu território e, por sua vez, denuncia o fornecimento massivo de armas à Ucrânia pelo Ocidente.